_Brainstorm

3 tendências que contribuem para o hype do Clubhouse, a rede social da vez  

Imagem: Divulgação

Rede social queridinha do momento, Clubhouse é uma plataforma de chat de áudio aberta apenas para convidados, que conversam em salas públicas e privadas. Até o momento, está disponível apenas para iPhone, o que aumenta seu caráter exclusivo. No Brasil, as buscas pelo aplicativo aumentaram 100 vezes, superando o TikTok, segundo monitoramento da Conversion, agência especialista em Search Engine Optimization (SEO).

No mundo, o aplicativo já tem 6 milhões de usuários, e foi avaliado em US$ 1 bilhão. De acordo com a Apptopia, empresa de inteligência de marketing, o aplicativo foi baixado 4,7 milhões de vezes desde seu lançamento em abril de 2020, sendo 3,7 milhões (79%) apenas em 2021. A rede também levantou US$ 100 milhões em fundos de investimento.

Seu hype foi disparado pela aparição de Elon Musk e Mark Zuckerberg em um talk show dentro da plataforma. Desde então, o buzz do Clubhouse só cresce, atraindo perfis de influenciadores, personalidades e formadores de opinião, enquanto crescem os olhares de público e marcas (Audi e Nescau já entraram para a rede). Basicamente, o que a plataforma oferece é um canal mais próximo entre as pessoas para trocas de ideias, no formato de voz, como um podcast quase infinito de interações.

Mas o que explicaria o interesse pela nova rede social, em meio a uma briga acirrada por atenção por todos os lados e meios? Nada garante que a rede vá durar, ou mesmo que irá sustentar o hype, mas um dado relevante para compreender o frisson é que o formato de Clubhouse converge três movimentos simultâneos. Veja eles:

Ascensão do áudio digital

O áudio digital é uma grande aposta de território a ser explorado por plataformas, produtores de conteúdo e marcas. E Clubhouse nasce dentro desse contexto, trazendo mais ferramentas para mergulhar no formato de áudio. O avanço dos assistentes de voz e o crescimento dos podcasts já vêm mostrando essa tendência com força. Márcia Esteves, CEO da Lew’Lara\TBWA, por exemplo, defende que a tecnologia de voz vai permitir que as pessoas voltem a olhar para o horizonte, à medida que saírem da prisão das telas.

Número de seguidores importa menos

Algo que a pandemia acelerou é a visão de que certas “métricas de vaidade”, como número de seguidores e likes, importam menos no mercado de influência, segundo Bia Granja, cofundadora e CCO do Youpix. “A gente começa a olhar para outras dimensões, como relevância, se o criador é autoridade, o quanto consegue pautar conversa”, disse ao blog. O Clubhouse vai justamente nesse caminho: pessoas com mais autoridade falam mais, por mais tempo, a um número restrito, porém qualificado, de pessoas.

Aprofundamento das conversas

Outro movimento crescente observado nas redes sociais é uma busca por maior profundidade nas conversas, o que também é contemplado pela dinâmica que o Clubhouse oferece. “O futuro da influência é sobre ser relevante na mensagem e não só na imagem”, diz Ricardo Silvestre, fundador da Black Influence.


Quem faz os conteúdos UOL para Marcas:

Apuração e redação: Renata Gama / Edição e redes sociais: Raphaella Francisco / Arte: Pedro Crastechini
Gerente responsável: Marina Assis / Gerente Geral: Karen Cunsolo