_Brainstorm

Como marcas podem encontrar lugar cativo na cultura gamer e ganhar valor 

Imagem: Andre Hunter/Unsplash

Marcas podem ganhar muito valor ao participar da gaming economy, desde que encontrem o seu lugar na cultura gamer. É o que aponta o relatório “For the Game”, da agência Dentsu. Segundo o diagnóstico, para serem aceitas pelos jogadores e se integrarem ao ambiente, marcas precisam oferecer algum valor à comunidade. “Os jogadores não apenas julgam as marcas por seus produtos e marketing, mas também por seu envolvimento na experiência de jogo e na comunidade”, diz o documento.

Para isso, o jogo não pode ser tratado apenas como um canal de mídia no sentido tradicional, segundo o relatório. “Marcas devem deixar claras suas intenções de contribuir para a comunidade antes de considerar como vão aparecer”, recomenda o texto. Uma das maneiras mais eficazes com esse intuito é oferecer soluções para os problemas dos jogadores e atender seus desejos.

Por exemplo, o levantamento da Dentsu mapeou que 42% dos entrevistados acham que mulheres devem ser incentivadas a jogar. Uma sugestão apontada pelo relatório ante esse dado é que marcas patrocinem streamers mulheres, para promover um espaço mais diversificado e inclusivo.

Outra possibilidade apontada na pesquisa: 23% dos entrevistados dizem que se sentem frustrados quando um jogo se torna muito caro para progredir e 18% quando o interesse pelo jogo diminui. “As marcas podem aliviar essas frustrações trabalhando com editores de jogos para adicionar uma vida extra gratuita, criar skins para aprimorar a experiência ou criar pacotes complementares para fornecer atributos exclusivos aos jogos”, sugere.

Esse é um trabalho que precisa ser feito de forma consistente e não apenas pontual, para que se construa credibilidade entre os jogadores, diz o relatório. “É preciso pensar além das formas atuais de anunciar, tomando medidas para construir uma presença coesa e completa, não apenas nos jogos, mas também nos ambientes em que os jogadores se reúnem.”

O relatório ressalta ainda que os games não se restringem a marcas endêmicas, abrindo oportunidades de marketing para vários segmentos. Veja três passos, segundo a Dentsu, para marcas entrarem no universo dos games:

1. Invista em mídia

Como mídia, os games são um vetor poderoso para marcas, pois oferecem ampla escala entre fãs obstinados e jogadores casuais, além de oportunidades de segmentação baseadas em dados. “Os games podem oferecer suporte a uma ampla gama de objetivos em canais próprios, ganhos e pagos, desde o aumento do reconhecimento da marca até métricas baseadas em desempenho, como conversão e downloads”, diz o relatório.

2. Faça parte da cultura

Para ir mais fundo na integração da marca no ambiente dos jogos, marcas devem considerar patrocínios de e-Sports, ativação de talentos e eventos/campanhas experimentais. “Essas táticas exploram um sentimento de pertencimento incorporado por equipes de e-sports. Essa interseção de intensa paixão e dinâmica de grupo torna essas abordagens ideais para marcas que desejam participar das comunidades gamers.”

3. Impulsione a cultura

As marcas podem moldar ativamente a cultura dos jogos, criando ou co-criando experiências imersivas. São ações que podem se traduzir em experiências significativas para os usuários, produzindo gratificação instantânea, entretenimento ou incentivando a manutenção da própria comunidade. “Embora essas experiências exijam mais tempo e esforço, elas têm o maior impacto sobre os jogadores mais apaixonados.”


Quem faz os conteúdos UOL para Marcas:

Apuração e redação: Renata Gama / Edição e redes sociais: Raphaella Francisco / Arte: Pedro Crastechini
Gerente responsável: Marina Assis / Gerente Geral: Karen Cunsolo