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Pandemia agrava ansiedade e depressão, e saúde mental é abraçada por marcas

Imagem: UOL Content_LAB/Campanha Libbs

Ansiedade, depressão, estresse. Questões de saúde mental que já eram preocupantes foram agravadas durante a pandemia de Covid-19. Tocar no tema é delicado, mas necessário. E marcas comprometidas com causas, atuantes em conversas sobre medicina, saúde e bem-estar encontram espaço como vetores de conscientização.

Estudos de governos, entidades, universidades e consultorias vêm tentando mapear o que seria uma segunda epidemia pós-covid: a dos transtornos mentais. O alerta é que as consequências da covid-19, como luto, desemprego, perdas financeiras precisarão ser tratadas pela sociedade também no campo psíquico.

No Brasil, pesquisa do Ministério da Saúde coletada durante a pandemia identificou um alto nível de ansiedade entre a população (86,5%) e uma moderada presença de transtorno de estresse pós-traumático (45,5%). O estudo que deve seguir até dezembro teve resultados preliminares divulgados no fim de setembro, com 17.491 pessoas ouvidas na primeira etapa.

Em São Paulo, outro levantamento trouxe dados sobre depressão na pandemia. Na pesquisa feita em conjunto pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 39% dos entrevistados disseram se sentir tristes ou deprimidos de forma rotineira durante a quarentena. E quase 30%, que antes dormiam bem, começaram a enfrentar problemas de sono.

Jovens se importam com saúde mental

A consciência sobre a necessidade dos cuidados com saúde mental tem sido notável entre jovens. Lá fora, na pesquisa In their Heads da consultoria norte-americana YPulse, especializada nas gerações Y e Z, 94% dos consultados de 13 a 34 anos disseram que cuidar da saúde mental é tão importante quanto cuidar do corpo físico.

Eles se sentiram emocionalmente afetados pela pandemia (41%), com metade declarando sofrer ansiedade e 39% afirmando que sua saúde mental foi permanentemente alterada pela pandemia.

Segundo o estudo, essa consciência faz com que jovens se engajem em lutas relacionadas ao bem-estar mental, com muitos citando comunidades e grupos dos quais participam.

E também os torna abertos para marcas que abraçam a causa. De acordo com a pesquisa, dois em cada cinco jovens consultados apreciam que empresas forneçam ideias e informações para melhorar a saúde mental durante a pandemia.

Para citar ações de algumas delas no Brasil, durante a pandemia, a Nike em seu projeto Nuvem Air Max entrou no território da mente, segundo Gustavo Viana, diretor de marketing da Nike Brasil. “Queremos também despertar a criatividade e inspirar as pessoas a trabalharem suas mentes, algo que enxergamos como fundamental nesse momento”, disse ao blog na ocasião do lançamento. Já a Libbs Farmacêutica tem focado na produção de conteúdo para conscientização sobre depressão, na prevenção de suicídio, ao criar a campanha #Falarmudatudo.


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