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Cinco insights do YOUPIX CON sobre conteúdo de marca fora do YouTube

Imagem: Renata Gama/UOL AD_LAB

Braga, da Twitch; De Biasi, da ESL Brasil; Mattar, da Samsung; Sbarai, do Grupo Globo, e o narrador Gordox_

O YOUPIX CON não é só sobre youtubers e influenciadores digitais. As oportunidades de criação de conteúdo para marcas e de imersão de produtos em comunidades engajadas no universo digital são diversas para criar conexão e interação com o público. E elas vão muito além da conversa com a audiência via embaixadores no YouTube. O blog UOL AD_LAB esteve no evento — que reuniu criadores de conteúdo, publishers, agências e marcas em São Paulo — e listou cinco insights.

E-Sports falam a língua dos millennials

Se a ideia é se aproximar dos millennials — a geração de nativos digitais –, os e-sports chegaram com tudo. Assistir a uma partida de videogame, torcer por equipes e não apenas jogar virou puro entretenimento para uma comunidade aficionada e crescente. “Propaganda e banner não são suficientes para o millennial. Ele é o cara que está no celular, mas está ao mesmo tempo fazendo outras coisas. Então, é preciso criar interação com ele”, afirma Lucas Braga, da Twitch, plataforma de streaming de jogos. Os games, segundo ele, têm esse poder. O UOL AD_LAB, patrocinador oficial do evento, investe no segmento com a XLG, uma liga independente de games, e lançou recentemente um estúdio dedicado aos e-sports.

“O brasileiro tem necessidade de laços e conexões. E ele faz isso com os e-sports”, disse Marcelo Mattar, diretor de conteúdo e parcerias da Samsung Pay. O executivo defende que marcas abracem esse universo e patrocinem a participação do público para tornar os e-sports mais acessíveis. “Por que não trazer os anunciantes para esse mundo, que é mais engajado, de forma que as pessoas interajam com as marcas e ganhem crédito para usar nos jogos?”, sugere.

Sucesso de conteúdo se mede por interesse e não só likes

Para Rafaela Lotto, CEO da Content House, é preciso olhar para conteúdo digital como uma plataforma de marketing de fato. E isso exige uma visão mais ampla do que se limitar a medir likes e shares. “Eu não vou contar só visita, eu não vou contar só like. Métricas de vaidade falam da audiência e não do conteúdo. Eu preciso pensar como eu construo marca e gero relevância e visibilidade. Como eu fidelizo o consumidor com conteúdo”, diz Rafaela. Segundo ela, a eficiência de uma estratégia de conteúdo está nas “métricas de verdade”. “Aquelas que o mundo offline já ensinou e a gente não precisa se esquecer: lembrança de marca, interesse, relevância, atributos, imagem, favorabilidade.”

Com pesquisas de brand lift, ela mostrou que o investimento em conteúdo aumenta o interesse pela marca e há mais buscas pelos produtos. “Se aumenta o interesse, a probabilidade é que no funil de vendas aumente também a sua conversão.” Isso fica ainda mais evidente, segundo ela, quando se trabalha com público segmentado. Para Rafaela, os resultados dão um salto quando se une estratégia de conteúdo a uma segmentação de público que já está no processo de compra.

Com newsletters, marcas voltam a ser donas da audiência

Parece coisa do passado, mas as newsletters voltaram. E por uma simples razão: autonomia das marcas em relação aos algoritmos das grandes plataformas. Se por um lado dados de Google, Facebook e YouTube ajudam as marcas a entender seus targets e se aproximar deles, quando as regras dos algoritmos mudam, toda uma estratégia de marketing digital pode deixar de valer do dia para a noite. “Os algoritmos criam bolhas que podem ser benéficas ou não. O que a newsletter devolve é que você volta a ser dono da sua audiência”, afirma Pedro Doria, jornalista e idealizador do Canal Meio, uma newsletter com resumo das principais notícias do dia.

Porta-vozes de marca podem ser influenciadores

Para Edney Souza, conhecido na rede como Interney, os próprios porta-vozes das marcas podem ser fortes influenciadores no B2B. Ele citou uma pesquisa da Edelman Significa que aponta que pessoas confiam mais em pessoas (65%) do que em instituições (35%). “Se as empresas falam institucionalmente delas mesmas, as pessoas têm mais dificuldade de confiar. Alguém falar da empresa nas redes sociais é uma oportunidade”, diz. Para isso, é necessário gerar conteúdo em primeira pessoa, que fale de forma direta com o público. Twitter e LinkedIn são as principais plataformas para esse diálogo, diz Interney. Podcasts também estão em ritmo crescente no interesse. “Muita gente já prefere baixar um podcast de notícias para ouvir indo para o trabalho em vez de ouvir no rádio.”

Cocriação tem o poder de gerar respostas matadoras

Quando marcas, criadores de conteúdo e publishers pensam juntos, surgem soluções certeiras e rápidas, segundo Karen Cunsolo, head do UOL Content_LAB. Ela participou de um dos think groups que elaboraram estratégias de marketing para ONGs apoiadas pelo YOUPIX. “Foi a prova de que a marca, criadores e veículos conseguem criar respostas matadoras com velocidade quando todos se falam desde o começo”, diz. O exercício mostrou também que, quando se reduz os problemas a uma questão específica, a cocriação gera respostas ainda mais poderosas.


Quem faz os conteúdos UOL para Marcas:

Apuração e redação: Renata Gama / Edição e redes sociais: Raphaella Francisco / Arte: Pedro Crastechini
Gerente responsável: Marina Assis / Gerente Geral: Karen Cunsolo