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Consumidor segura gastos, e bens duráveis servem para adaptação à nova realidade, diz pesquisa

Imagem: Reprodução

Ainda sem confiança na flexibilização da quarentena, os consumidores brasileiros estão segurando gastos, só compram o básico e, quando investem em bens duráveis, o motivo é se adaptar às novas condições impostas pela covid-19. É o que mostra a pesquisa “Futuro: expectativas e planos dos brasileiros para a vida pós-quarentena”, realizado pela MindMiners, empresa de pesquisas digitais.

De acordo com o levantamento realizado na segunda semana de julho e divulgada em agosto, 82% dos respondentes disseram que pretendem continuar economizando dinheiro, mesmo com o fim da quarentena. A maioria ainda não se sente segura para ir às compras e consumir produtos mais caros nos próximos seis meses: 68% declararam que continuarão evitando a compra de itens não essenciais após a flexibilização.

Participaram da sondagem 1 mil pessoas nas cinco regiões do país, com peso maior no Sudeste (51%) e nas classes B (39%) e C (44%). A pesquisa, realizada por questionário online, tem como principal objetivo mostrar como os brasileiros estão encarando e se preparando para a flexibilização da quarentena.

Mas o interesse na aquisição de bens duráveis não deixa de existir, com maior percentual entre as pessoas que pretendem comprar/trocar eletrodomésticos (25%). A intenção de compra se relaciona com mudanças de comportamento que levaram as pessoas a realizar mais atividades em casa: 46% agora fazem videochamadas com amigos e familiares; 39% se aventuram mais na cozinha; 38% assistem a lives de artistas; 21% realizam atividades físicas no lar.

Os planos para investir em bens maiores também aparecem relacionados às mudanças de estilo de vida. Entre os entrevistados, 13% disseram que pretendem comprar um carro ou trocar de veículo nos próximos seis meses. Para um terço deles (32%), o principal motivo será para evitar o transporte público. Outros 13% têm a intenção de comprar ou trocar de casa/apartamento nos próximos seis meses. Destes, 17% disseram que o objetivo é morar mais perto do trabalho, evitando o deslocamento em transporte público.

Isolamento permanece

O relatório ainda mostra que as pessoas estão preocupadas com a flexibilização (73%), sendo os maiores temores o aumento no número de casos (para 52% dos respondentes) e a possível contaminação de familiares (24%). Entre os entrevistados, 75% estão em isolamento parcial, saindo apenas para o necessário, e 12% estão em isolamento total.

Quando a quarentena acabar, 67% dizem que pretendem continuar em casa. E apenas 16% estão dispostos a correr riscos para retomar suas rotinas. Entre as ações que mais fazem falta estão se reunir com familiares e amigos (46%), viajar (28%), ir ao cinema (28%) comer fora (26%). Enquanto a retomada total não é possível, 61% dizem estar abertos a descobrir novas formas de entretenimento e socialização para evitar contato com pessoas.


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