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Novo formato de sociedade está em construção no Metaverso, diz relatório da WT 

Imagem: Reprodução

Enquanto os sinais apontam para um cenário político-econômico ainda instável pelo mundo, um novo formato de sociedade está em construção no metaverso. É o que detecta o “The Future 100: 2023 – Tendências e Mudanças a Serem Observadas em 2023”, relatório anual realizado pela Wunderman Thompson Intelligence.

O estudo traz 100 tendências emergentes para este ano em 10 setores, passando por cultura, tecnologia, marketing, beleza, saúde, entre outros. Em todas as áreas, o metaverso aparece como tema quase onipresente.

“Cada aspecto da vida está sendo explorado no metaverso – de nossas identidades digitais à perspectiva de famílias virtuais”, afirma Emma Chiu, diretora global da WT Intelligence, na abertura do documento.

Veja tendências nos campos do comportamento e sociedade no metaverso:

Comportamento: identidades, namoros e família

As pessoas estão cada vez mais buscando refletir a si mesmas em suas identidades virtuais, não apenas no aspecto físico, como também na essência, com avatares que traduzem uma “textura emocional”, aponta o relatório. “Espere ver uma expressão de identidade cada vez mais matizada, que mantém a forma em ambientes físicos e virtuais”, diz o documento.

Daí, um passo para os namoros virtuais avançarem no metaverso. Se já era possível encontrar um par a partir de textos e fotos em aplicativos, “o metaverso inaugura uma nova era de romance, onde os relacionamentos florescem em mundos virtuais”, projeta o relatório, citando o app de realidade virtual (VR) Nevermet. Por lá, o namoro acontece a partir da interação com avatares, e as fotos de perfil são proibidas.

Além disso, cuidar de uma inteligência artificial como um membro da família também está no horizonte. Para quem é da geração Tamagotchi, isso não é exatamente uma novidade, mas a evolução dessa relação inclui bichos de estimação virtuais, como os gatos da Tiny Rebel Games e cachorros da Digital Pets Company. E até bebês recém-nascidos estão no radar, segundo prevê a especialista em inteligência artificial (IA) do Reino Unido, Catriona Campbell. Segundo ela, crianças virtuais se parecerão com seus “pais” e poderão brincar e interagir de dentro de seu habitat digital.

Sociedade: bem-estar social, sustentabilidade e inclusão

Marcas e instituições estão aproveitando o metaverso para promover os esforços humanitários globais no mundo físico, mapeia o relatório. A organização humanitária Built With Bitcoin Foundation aplica 100% dos rendimentos da venda de uma coleção de NFT para fornecer água potável, construir escolas, agricultura sustentável e apoio a comunidades na África, Ásia e América Latina, por exemplo. Em abril de 2022, a Epic Games e o Xbox anunciaram que arrecadaram US$ 144 milhões para apoiar os esforços humanitários na Ucrânia.

A sustentabilidade é outra pauta dentro do ambiente virtual. Marcas estão refletindo suas práticas sustentáveis no metaverso, criando plataformas ecologicamente corretas para atingir metas sustentáveis. Por exemplo, a Tezos é um blockchain com eficiência energética que oferece uma alternativa ambientalmente amigável aos blockchains com pegadas de carbono reduzidas.

Mas não só, o próprio formato do metaverso nasce com mais recursos tecnológicos de inclusão do que o mundo físico para pessoas com deficiência. “O design inclusivo é um design melhor, e essas novas tecnologias têm o potencial de ser tão úteis para pessoas com deficiência quanto para pessoas sem deficiência”, afirma Josh Loebner, chefe global de design inclusivo da WT.


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