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Público quer mais conteúdo que inspiração ao seguir creators, diz estudo

Imagem: Aejaz Memon/Unsplash

Quem segue um influenciador digital hoje está mais atento à qualidade e à relevância do conteúdo do que à imagem do creator em si, segundo achados do “Relatório Influenciadores Digitais”. O estudo conduzido pela Opinion Box, em parceria com a Influency.me, busca explorar o fenômeno do marketing de influência e seus impactos no consumo e na comunicação.

Os seguidores de algum influenciador representam a maioria dos internautas. Segundo o levantamento, três em cada quatro pessoas conectadas à internet acompanham criadores de conteúdo nas redes sociais. No recorte de gênero, essa audiência é de 80% das mulheres ouvidas e 69% dos homens.

Quanto ao motivo para seguir, a maioria afirma que o conteúdo fala mais alto: 69% apontam que seguem influenciadores que “falam de um assunto que eu gosto”. A figura do creator fica em segundo plano: 48% dizem que escolhem acompanhar por serem pessoas simpáticas/carismáticas.

A pesquisa ouviu 2.120 pessoas conectadas à internet, por meio de questionário online, distribuídas por todas as regiões do país, segundo parâmetros do IBGE de gênero, faixa etária e perfil de renda (classes ABCDE). A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

Outros critérios apontam para o mesmo sentido: 41% dizem que seguem quem tem experiência em determinada área ou assunto; 30%, quem tem uma vida interessante e boa de acompanhar e, 26%, os que expressam uma imagem profissional.

Mas o que faz com que um conteúdo conquiste engajamento e chame a atenção? Segundo os respondentes, os principais critérios são: ser confiável (54%), explicativo (36%); direto ao ponto (35%); bem-humorado (27%) e bem produzido (26%).

O que afasta seguidores, segundo a pesquisa, tem principalmente a ver com perda de relevância do assunto. A maioria (54%) diz que deixa de acompanhar um creator ao notar que o conteúdo está perdendo a qualidade. Para 46%, opiniões e posicionamentos muito diferentes dos seus são motivo para o unfollow.

Quando a propaganda é excessiva, isso também prejudica a experiência: 35% param de seguir quando percebem que a personalidade faz muitos posts patrocinados, o que revela um ponto de atenção importante para marcas. Para a construção de parcerias com influencers, é necessário que a mensagem soe naturalizada.

Mas os seguidores consomem serviços e produtos indicados por creators: 75% declaram que já realizaram algum tipo de compra após a recomendação nas redes sociais. Roupas (26%); cosméticos (25%); cursos/conteúdo educacional (22%); livros (21%) e maquiagem (20%) foram os mais citados.

A maior parte dos entrevistados diz que essas compras já estavam em consideração: 38% dizem que já queriam comprar e ver alguém testando foi decisivo; 27% já precisavam do produto e o influenciador o fez lembrar da necessidade; para 26%, o preço estava bom; 24% dizem que ficaram conhecendo o produto por meio do influenciador; e 24% aproveitaram um cupom de desconto nas redes.


Quem faz os conteúdos UOL para Marcas:

Apuração e redação: Renata Gama / Edição e redes sociais: Raphaella Francisco / Arte: Pedro Crastechini
Gerente responsável: Marina Assis / Gerente Geral: Karen Cunsolo