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SXSW: Década de 2020 será da IA Generativa, aponta relatório da Amy Webb 

Imagem: Reprodução

Se, num primeiro momento, as proezas da Inteligência Artificial (IA) Generativa causaram admiração e espanto – vide o buzz em torno do ChatGPT –, num segundo tempo, o esperado é que a ferramenta se torne commodity. A previsão é do 16º relatório anual “Tech Trends Report 2023, com 666 tendências de tecnologia em 14 frentes, lançado pela futurista Amy Webb, fundadora do Future Today Institute (FTI), durante o SXSW 23 (South by Southwest).

A década de 2020 será conhecida pela IA Generativa”, afirma o documento. IAs Generativas são sistemas que não apenas percebem e compreendem o mundo, como também podem gerar novos conteúdos, conceitos e ideias enquanto se comunicam com humanos. “A IA está surgindo como um assistente para todos os trabalhadores do conhecimento.”

O relatório dedica um capítulo inteiro à inteligência artificial, apontando implicações transversais da tecnologia, que irão moldar o futuro das organizações nas mais diversas áreas – passando por saúde, finanças, governos e criatividade. “A IA é um multiplicador de força no progresso tecnológico porque é um facilitador de outras tecnologias e impulsiona a evolução dos negócios, do governo e da sociedade”, diz o texto.

Nos próximos 18 a 24 meses, prevê o relatório, a IA Generativa fará parte do cotidiano das pessoas, sendo incorporada tanto em aplicativos para os consumidores como servindo de tecnologia de apoio a uma série de profissões. “Modelos de uso geral serão comoditizados em um futuro próximo.”

Essas previsões se baseiam em movimentos já observados no mercado, feitos tanto por Big Techs como por startups. A Microsoft, que é parceira da OpenAI (empresa desenvolvedora do ChatGPT), incorporou o sistema de geração de imagens DALL-E 2 em seus aplicativos Microsoft Designer e Image Creator. O Bard – chatbot do Google – corre para implementar um sistema de pesquisa conversacional. O Canva, ferramenta popular de design gráfico, integrou o Stable Diffusion em sua plataforma. O Notion, aplicativo freemium de produtividade e anotações, usa o modelo LLM (Large Language Models) para escrita assistida.

IA Generativa e consumo de mídia

No que diz respeito ao mercado de comunicação, a Inteligência Artificial Generativa, que surge a partir dos LLMs, produz novas formas de as pessoas se relacionarem com a informação. “Essa nova classe de ferramentas está reescrevendo ativamente os fluxos de trabalho e criando novas normas para o consumo de mídia”, aponta o relatório.


Os LLMs são algoritmos capazes de reconhecer a linguagem humana e gerar textos e outros conteúdos a partir de cálculos de probabilidade com base em um vasto conjunto de dados. É o modelo usado no ChatGPT, por exemplo. Essas inovações alterarão radicalmente a maneira como os consumidores descobrem novos conteúdos – e como os editores constroem relacionamentos com seu público.”

O caminho para os publishers nesse cenário será buscar inovação contínua para seus principais produtos, para garantir a relevância. “A evolução das interfaces de pesquisa mudará a forma como os consumidores descobrem novos conteúdos. Os assistentes de voz e os resultados de pesquisa em linguagem natural substituirão gradualmente a página de resultados do mecanismo de busca tradicional baseada em links, diminuindo o tráfego para os sites. Essa tendência forçará os publishers a reconsiderar como se conectam com novos usuários.”

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