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Para Benjamin Yung Jr, da DPZ&T, é preciso saber fazer arte com os números

Imagem: Marcus Hausser/Divulgação

É tempo de olhar os dados de modo criativo, segundo Benjamin Yung Jr, conhecido no mercado publicitário como BJ, que em agosto assumiu a cadeira de CEO na DPZ&T. Ele tem a missão de reposicionar a agência, após ter empreendido por dois anos na SUNO — trabalho marcado pela criatividade aliada aos resultados de negócio. BJ, que já levou mais de 50 leões em Cannes e mais de 30 Effie Awards, é um dos indicados ao Caboré 2021 como profissional de criação do ano.

O que mais me encantou foi a chance de restartar a DPZ&T, aproveitar a movimentação grande que reconfigurou todo o board para começar um negócio novo, entre aspas, porque já inicia com grandes marcas”, diz.

É um recomeço, segundo BJ, mas totalmente pautado nos valores da DPZ&T, que agregam criatividade e efetividade. “A gente está interessado em um modelo que desafie o status quo, que crie novas formas de trabalho, que a agência respire criatividade voltada a negócios. Isso está no DNA da DPZ&T e no meu também.” Segundo o executivo, pouca gente sabe que, apesar da longa trajetória na área de criação em agências, sua graduação é em administração pela FGV.

Um caminho claro para colocar negócios e criatividade trabalhando na mesma direção está nos dados. Uma das tendências criativas para o próximo ano, segundo BJ, está em fazer arte com os números. “A gente olha para a arte muitas vezes como um rompante criativo, uma luz mágica, mas na verdade uma obra é fruto de muito estudo, rascunho, pensamento e experimentação. É assim que eu enxergo os dados. Os dados são insumos fantásticos para gente experimentar e entender. Não enxergo como algo rígido, acho o oposto.”

Dados hoje são commodities, ele diz, mas o que faz a grande diferença é o modo de tratá-los. “São insumos que ajudam a gente a experimentar melhor. Imagina o que você pode fazer ao saber pelos dados se seus experimentos estão dando certo, no test and learn, usando isso para deixar a criatividade mais forte. Acho que a gente precisa ter esse olhar criativo para os dados em todos os times, não só na criação, mas também em BI, planejamento e negócios.”

Outras tendências criativas que BJ enxerga para 2022 são as relacionadas à agenda ESG  (Environmental, Social and Governance). “A gente passou por uma pandemia, no mundo inteiro, isso trouxe muitos aprendizados. Se eu for resumir, uma grande tendência para o ano que vem é a da busca por um amanhã melhor. Isso veio forte em 2021 e continua em 2022, porque o mundo está pedindo por empresas com posturas mais sustentáveis, com inclusão, e socialmente responsáveis”, afirma.

Ele posiciona ESG como tendência criativa porque este é um campo onde a criatividade pode ir além das campanhas, em busca de soluções efetivas. “A gente enxerga a ESG como pilar fundamental para criatividade e para os negócios. Todas as empresas e marcas precisam encontrar um propósito, e ter ideias que ajudem a construir esse propósito, de maneira verdadeira”, diz.


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