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‘SXSW Insights 2024’ aponta impacto das IAs nas conexões humanas e bem-estar 

Imagem: Reprodução

Como grande fórum mundial de criatividade e inovação, o SXSW 24 (South By Southwest) apontou movimentos permeados pela tecnologia que irão moldar o futuro das relações, sociedades e marcas. Implicações das IAs na singularidade humana, saúde e bem-estar e na indústria criativa são alguns dos pontos mapeados pelo “SXSW Insights 2024”, paper produzido pela GoAd Media, que está disponível gratuitamente ao mercado.

O documento traz um panorama do contexto de inovação, chamado de superciclo tecnológico: ao passo em que as IAs generativas ganham escala, se unem à biotecnologia e aos sistemas em rede, criam uma convergência que irá produzir transformações profundas. E apresenta tendências em nove eixos: Inteligência Artificial; Saúde e Bem-Estar; Cultura e Comunidades; Computação Quântica; Computação Espacial; Diversidade e Acessibilidade; Educação; Energia e Clima; Cidades e Mobilidade.

O relatório foi feito a partir da curadoria de jornalistas e pesquisadores que participaram do festival este ano, combinado a entrevistas de lideranças participantes e social listening. O documento é oferecido pelo UOL ao mercado publicitário e tem o apoio da Associação Brasileira de Anunciantes (ABA). Você pode baixá-lo gratuitamente aqui. Marcas e agências parceiras também podem solicitar apresentação dos insights in-company.

Veja três dos nove eixos de inovação e criatividade mapeados pelo relatório:

Inteligência Artificial: direções e alertas

As IAs serão ubíquas nas indústrias e na vida em sociedade. Em um dos discursos mais ecoados do festival, Amy Webb, do Future Today Institute, diz que entramos em um superciclo tecnológico que irá nos introduzir em uma nova era da humanidade, à medida que IAs, biotecnologia e sistemas conectados se convergem. Isso terá implicações na singularidade humana, segundo o escritor e pesquisador Ray Kurzweil. Para ele, em cinco anos, a IA vai alcançar a inteligência humana, inclusive no campo emocional – o que tornará possível implantar chips cerebrais para amplificar capacidades.

As direções de futuro apontam para um cenário de possibilidades de “download” de conhecimento e criatividade aumentada. Mas vozes como de Joy Boulamwini, cientista e fundadora da Liga da Justiça Algorítmica, trazem alertas sobre efeitos colaterais da tecnologia, como o risco de viés e exclusão codificada (excoded) de populações minorizadas. Outros problemas que devemos enfrentar adiante são a desinformação em massa, a obsolescência profissional e a epidemia de solidão.

Cultura e comunidades: pertencimento e transformação

Numa vida mediada por telas que distanciam pessoas, a creator economy pode servir de contrapeso, à medida que produz em torno de si comunidades e sentido de pertencimento. O festival mostrou ainda que creators têm ajudado a reinventar a lógica do marketing, visto que companhias reorganizam áreas e processos para incorporar essa cultura em suas estratégias.

Um exemplo destacado no SXSW foi o da L’Oréal. Han Wen, a CMO digital para os Estados Unidos do grupo, detalhou o processo de mudança de trabalho ao entender que parte importante da cultura é criada por creators. Outro insight que o evento traz é sobre o papel de figuras públicas e influenciadores como plataformas de conexão, disseminação de conteúdo e transformação econômica ou social, a exemplo dos painel da atriz e ativista ambiental Jane Fonda, que foi ovacionada no festival.

Saúde e bem-estar: prolongamento da vida

interseção entre tecnologia e medicina deu o tom das principais apresentações relacionadas à saúde no SXSW. Alguns dos usos apresentados são tecnicamente simples, como o caso das teleconsultas. Mas outras frentes mais avançadas preveem atendimentos virtuais automatizados em saúde mental, apoio em diagnóstico e tratamentos complexos.

Cenários mais futuristas consideram brain computer interfaces (BCIs) menos invasivos que chips cerebrais para melhorar a mobilidade de pessoas com deficiência ou mesmo treinar capacidades mentais em usuários saudáveis. E o tema da longevidade tende a crescer no debate científico, ao passo que as tecnologias exploram novas fronteiras da medicina. Por meio do biohacking, expectativas de vida poderão ser ampliadas, quem sabe, até 130 anos, segundo espera Dave Asprey, sócio do Asprey Group/Upgrade Labs.

Para agendar apresentações in-company do ‘SXSW Insights 2024’, entre em contato pelo e-mail [email protected].


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